ANÁFORA
Anáfora é a figura sintática que consiste na repetição da mesma palavra ou construção no início de várias orações, períodos ou versos.
Observe:
“Grande no pensamento, grande na ação, grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só." (Rocha Lima)
“Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente
E dor que desatina sem doer. “ (Camões) `
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere.” (Vieira)
PLEONASMO
Pleonasmo é também um caso de repetição, mas que envolve uma redundância. Quer dizer, no pleonasmo há uma repetição desnecessária, tanto do ponto de vista sintático quanto do ponto de vista semântico.
A oração já analisada anteriormente:
Aos rapazes, deu-lhes dinheiro.
apresenta um pleonasmo: "aos rapazes" e. o pronome "lhes" exercem exatamente a mesma função sintática dentro desta oração - de objeto indireto. Dizemos, então, que há um pleonasmo do objeto indireto.
Veja outros exemplos:
As minha. roupas, quero até arrancá-las!
Os termos "minhas roupas" e "las" exercem a mesma função sintática - de objeto direto. Neste caso, há um pleonasmo do objeto direto.
Realmente, as catástrofe sociais só podem provo cá-las as próprias classes dominantes.
Os termos "catástrofes" e "las" exercem a mesma função sintática - de objeto direto.
ASSÍNDETO
Quando o termo omitido é um conectivo, a elipse também ganha um nome especial - assíndeto.
Observe:
Espero sejas feliz.
( = Espero que sejas feliz. )
Veio à cidade, falou com o gerente, partiu.
( = Veio à cidade, falou com o gerente e partiu.)
A inexistência de qualquer conectivo em todo o ma cria um efeito de nivelamento e simultaneidade entre os detalhes apreendidos.
POLISSÍNDETO
Polissíndeto é a repetição expressiva da conjunção coordenativa.
Observe:
“Vão chegando as burguesinhas pobres
e as crianças das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza”
E eu, e você, e todos aqueles que acreditavam na nossa luta assumimos publicamente o compromisso.
CATACRESE
Catacrese é um tipo especial de metáfora. A catacrese não é mais a expressão subjetiva de um indivíduo, mas já foi incorporada por todos os falantes da língua, passando a ser uma metáfora corriqueira e, portanto, pouco original.
Observe:
“Um beijo seria uma borboleta afogada em mármore." (Cecília Meireles)
A frase causa-nos estranheza, espanto. A associação que se faz entre um beijo e uma borboleta afoga da em mármore é original e está diretamente relacionada sensibilidade do sujeito que criou tal frase. Todos deve concordar que poucas pessoas fariam tal associação. Trata se de uma metáfora original.
"pé a página" à parte inferior da página.
Mas , pensarmos bem, uma página não tem pé. Houve uma associação entre o pé (parte inferior do corpo humano) e parte inferior da página, daí a expressão “pé da página”. Esta metáfora já foi incorporada pela língua, perdeu s caráter inovador, original e transformou-se numa metáfora comum, morta, que não mais causa estranheza.
SILEPSE
Silepse é a figura de construção em que a concordância não é feita de acordo com as palavras que efetivamente aparecem na oração, mas segundo a idéia a elas associam ou segundo um termo subentendido . A silepse pode ser de gênero, número ou pessoa.
Existe Silepse de genero, de numero e de pessoa.
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